Liberação dos cânions de Capitólio alimenta expectativa do turismo! 23u2q
Destino de muitos patrocinenses, as medidas de segurança vem sendo bem recebidas. 51614h

Postado em: 11/04/2022 694zh
Quase três meses após um paredão rochoso se desprender e atingir quatro lanchas, matando dez pessoas e ferindo várias outras, os cânions do Lago de Furnas, em Capitólio, voltaram a ser reabertos à visita de turistas.
Além de estabelecer novas regras, como a obrigação dos condutores manterem as embarcações a uma distância mínima dos paredões e respeitarem os limites estabelecidos para cada trecho do percurso, o município contratou uma equipe de geólogos para avaliar, diariamente, a estabilidade dos blocos de pedra.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Arantes Barros, o movimento de turistas durante o fim de semana ado, o primeiro desde a reabertura, foi pequeno, com uma média de cerca de 80 grupos de visitantes/dia – como este controle não era feito antes do acidente, no dia 8 de janeiro, não é possível fazer comparações. A expectativa, no entanto, é que o afluxo de pessoas aumente gradualmente nas próximas semanas, principalmente em função dos feriados prolongados de Páscoa e Tiradentes.
Membro da diretoria da Associação dos Empresários de Turismo de Capitólio (Ascatur), Vitor Vasconcelos afirma que as medidas de segurança adotadas após o acidente vêm sendo bem recebidas pelos visitantes e por quem trabalha com turismo.
A cidade, que integra o Circuito Turístico Nascente das Gerais tem muito mais a oferecer do que os eios náuticos pelo chamado “Mar de Minas”, como costumam ser chamados os 1.440 km² do lago da represa de Furnas – que, por sua vez, também não se limita à área de cânions, onde foram identificados cinco pontos de maior risco de queda de pedras.
Regras
O decreto municipal que liberou os eios náuticos em parte do Lago de Furnas estabelece que o retorno das embarcações deve ocorrer de forma controlada. Todos os limites e faixas de segurança devem estar sinalizados. No percurso delimitado identificado como Trecho 1, será permitida a entrada de, no máximo, quatro embarcações por vez. Já o chamado Trecho 2 só poderá ser ado por uma embarcação por vez - e não será permitida nenhuma parada neste percurso.
Conforme estipulado pelas autoridades locais, os barcos deverão respeitar uma distância mínima dos paredões. Todos os ageiros deverão um termo de consentimento contendo orientações sobre as novas regras de visitação, como o uso obrigatório de coletes salva vidas e de capacetes. Embarcações de mais de 32 pés não podem ar os cânions. As demais, não podem exceder 3 nós de velocidade.
Segundo a prefeitura, as novas regras seguem as recomendações apresentadas pelos estudos geológicos realizados após a tragédia do dia 8 de janeiro e pela Polícia Civil de Minas Gerais. No inquérito policial instaurado para apurar o ocorrido, a Polícia Civil concluiu que eventos naturais causaram o desprendimento das rochas e que o “processo geológico de remodelamento de relevo” é comum na região, favorecendo que os blocos rochosos se rompam.