Minas Gerais: estado entra na corrida do hidrogênio verde, o combustível do futuro 4q6h4o

Líder nacional na produção de energia solar, Minas Gerais investe no mercado de produção do hidrogênio verde e vem despontando o setor 5c304e

Minas Gerais: estado entra na corrida do hidrogênio verde, o combustível do futuro

 
Áudio (02:42s)

Minas Gerais está de olho no mercado promissor do hidrogênio verde. O estado, um dos principais líderes na produção de energia solar no país, se destaca em investimentos no setor.

Em dezembro de 2021, a Eletrobras/Furnas inaugurou nas instalações da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, na divisa entre Minas Gerais e Goiás, uma planta de estudos para produção de hidrogênio verde. O projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, com investimentos de cerca de  R$ 45 milhões, já produziu 1,5 tonelada de hidrogênio verde. Foi a primeira vez no país que uma planta de H2V alcançou essa marca de produção acumulada desde o início de sua operação. A pesquisa é regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tem o objetivo de testar o armazenamento de energias sazonais ou intermitentes e a inserção no Sistema Interligado Nacional (SIN). 

Já no sul do estado, o projeto H2Brasil em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), desenvolve uma iniciativa para a aplicação do hidrogênio verde junto a empresas siderúrgicas instaladas em Minas Gerais. A inovação deve se consolidar com a construção da sede do Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), em Itajubá (MG). A proposta do projeto é testar aplicações de maior potencial para a mobilidade, produção energética e uso industrial para o abastecimento de veículos a partir de 2023.

Potencial do H2V


Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais produz energia renovável no mundo, atrás apenas de EUA e China. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que o Brasil bateu recorde de geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis em 2022. No ano ado, foram cerca de 62 mil megawatts de energia, em média, produzidos por mês. Com isso, a geração de energia por meios renováveis atingiu 92%.

A alta oferta também coloca o país entre os mais competitivos em termos de preço. Dados de um levantamento realizado pela BloombergNEF (BNEF) projetam o Brasil como um dos únicos países capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo até 2030.

De acordo com a professora de materiais e ciências do ambiente da ESEG - Faculdade do Grupo Etapa, Lina Varon, a cadeia de H2V vai demandar uma mudança no consumo da população e um novo entendimento sobre o consumo energético.

“Novos processos de fabricação vão ter que ser analisados. Onde se utiliza um combustível fóssil vai entrar agora um hidrogênio e uma energia renovável. Então, grandes coeficientes operacionais desse processo vão ter que mudar. Isso demanda novas profissões, novas experiências”, ressalta.

 

Fonte: Brasil 61

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